terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Não ter dinheiro para mandar cantar um cego, quanto mais os Resistência.

Classificação: Heartbroken.

Bolas, que estou mesmo triste. E algo furibunda vá, que já deu para perceber que canalizo todos os sentimentos e calorias para a raiva.
Lado a lado com o Michael Jackson (que nessa altura, para mim, era todo ele só "uma música"), o "Não sou o único a olhar o céu" era das minhas músicas preferidas quando era pecarrucha . Eram os meus dois CDs do coração (não estou a incluir  as cassetes de Onda Choc e afins) e era um entusiasmo quando conseguia ligar a aparelhagem (aparelhómetro enormeeee e complicadérrimo na época) e pôr aquilo a funcionar sozinha. Orgulho! Era uma crescida, do alto dos meus 6/7(?) anos. E lembro-me de ficar sentada mesmo em frente à aparelhagem a ouvir a música para que, quando a música terminasse, não ter de me levantar para carregar no botão do replay. Preguiçosa, once and always. E, criança que é criança, consegue ouvir a mesma música o dia inteiro e voltar à carga no dia seguinte cheia de fé e levar alegremente os pais ao desespero. E o meu desenvolvimento avizinhava-se acima da média nesse campo: se era para ser fã, era para ser FÃ à séria. E eu era.
Agora, 20 anos depois, reúnem-se os senhores novamente. Todos esses grandes monstros/ícones da música portuguesa e que marcaram uma, duas ou três gerações. E todos aqueles clássicos que eu espero sempre apanhar na M80 quando vou a conduzir vão encher amanhã o Campo Pequeno.
E eu não vou.
Já foi difícil gerir o dinheiro para ofertar coisas não-muito-reles aos meus de sempre no Natal, e esqueci-me de deixar algum de parte para mim.
E estou tão, tão triste. Genuinamente.

:(

1 comentário:

  1. Por acaso também gostava tanto, mas tanto de os ver. Mas, tal como tu, ando tesa como um carapau. :( Queria tentar ver os Sigur Rós para Fevereiro. Vamos lá ver se consigo.

    ResponderEliminar